A bandeira da sustentabilidade do chocolate passou a ser uma forte ferramenta de marketing. Isso é ótimo, afinal, faz com que as empresas voltem a atenção às questões éticas e ambientais, trabalhando para deixar um planeta melhor.

Quando se trata de cacau e outros bens agrícolas, é sabido que a exploração infantil, animal e condições de trabalho análogas ao escravo ainda são uma triste realidade. Portanto, todo incentivo de grandes indústrias para melhorar esse cenário, deve ser muito bem vindo.
Uma grande industria pode impactar a vida de muita gente, adotando práticas de comércio justo.
A notícia abaixo (em inglês) mostra que o caminho é longo, e está apenas começando.
Com a safra de outubro 2019 ameaçada por muita chuva e umidade, os agricultores da Costa do Marfim e Gana estão frustados com o programa de comércio justo de gigantes como Barry Callebaut, Mars, Nestlé e Mondelez.
Em paralelo, nós, pequenas empresas, conseguimos fazer esta ponte com a sustentabilidade de maneira mais rápida para fabricar chocolate de origem, porém com volume muito menor.
De pedido em pedido, ajudamos a melhorar o mundo daqueles que se empenham em estudar para plantar, colher e oferecer um cacau melhor, recebendo mais pelo seu trabalho que simplesmente o valor da cotação do dia na bolsa de valores.
Importante lembrar: sem comprador, não adianta ter o melhor cacau do mundo.
É comum relatos de agricultores que, sem ter comprador, venderam a safra de cacau fino a preço de bolsa, perdendo todo seu esforço e empenho. Desanimador, não é?
Sorte nossa que eles persistem, e nos permite encontrá-los.
A valorização da vida do campo talvez seja o elo mais importante nesta cadeia de sustentabilidade. Valorizando o homem do campo, o trabalho com a terra de maneira ética, a preservação do meio ambiente adotando práticas modernas de agricultura, ajudamos nosso planeta a continuar verde, fresco e saudável para as próximas gerações.
E que as próximas gerações voltem a se interessar pela vida no campo.
